Foto: Divulgação
Um grupo de diretores de escolas da rede estadual de Santa Maria estiveram reunidos, na manhã de ontem, com o titular da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), José Luís Eggres. Durante o encontro. os representantes do Fórum dos Diretores do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato entregaram uma lista de reivindicações (confira abaixo) que buscam solucionar problemas recorrentes nas instituições de ensino.
Segundo o diretor do Colégio Estadual Edna May Cardoso e conselheiro estadual do Cpers, Alan Patrik Buzzatti, o fórum tem por objetivo estabelecer um diálogo entre as escolas para troca de experiências e práticas, além de desenvolver a capacidade de lutarem juntas por melhorias.
- Tivemos esse encontro com a 8ª CRE para fazer a entrega de um documento que lista uma série de pontos enfrentados pelas escolas. Destacamos pontos como carga de trabalho, problemas de recursos humanos e a burocracia dos processos, que dificultam a gestão das escolas e de suas atividades. Solicitamos que isso seja encaminhado à Seduc (Secretaria Estadual de Educação) para que se busque soluções - explicou Buzzatti.
PROJETOS PARADOS
Um dos principais pontos reforçados pelos diretores que integram o fórum é a suspensão de projetos desenvolvidos pelas instituições. Um exemplo é o projeto rádio escola, que está parado por falta de professores. Os profissionais que atuavam nessa e em outras iniciativas foram deslocados para suprir a falta de professores em sala de aula. Além disso, segundo os diretores, bibliotecas estão sendo fechadas pela falta de profissionais.
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- Tem escola com instrumentos musicais que estão guardados porque não há quem conduza aulas de música. E assim ocorre com outras áreas artísticas - comenta o conselheiro do Cpers.
NOVO ENCONTRO
O Fórum dos Diretores do 2º Núcleo do Cpers e a 8ª CRE acertaram um novo encontro para o dia 29 deste mês. Nessa data, deverá ser apresentada e discutida a posição do governo do Estado, por meio da Seduc, com relação aos assuntos apresentados no documento entregue ontem.
No dia 25 de fevereiro deste ano, um grupo de professores da rede estadual já havia encaminhado uma lista de reivindicações. O documento apresentava um levantamento da situação em 14 instituições de ensino de Santa Maria e região. Na pauta, o principal problema era a falta de professores e de profissionais nas escolas.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
- Atraso de verbas da autonomia financeira
- Sobrecarga de responsabilidades das equipes diretivas da alimentação escolar
- Dificuldades na renovação de projetos importantes para as escolas e comunidade escolar como rádio escola, informática, música, arte, manutenção de computadores, robótica e treinador desportivo
- Imposição do calendário com a não utilização de sábados para dias letivos, dia D não letivo, desrespeito ao período de férias, principalmente, das escolas que aderiram à última greve
- Não homologação e fechamento de turmas, enturmação e multisseriação na EJA
- Enxugamento de recursos humanos com demissões e diminuição de carga horária de contratados
- Aumento da carga horária frente ao aluno, desrespeitando o direito a hora atividade
- Não cobertura de laudos e licenças ocasionando a falta de professores em muitas escolas
- Faltam monitores, agentes educacionais e de professores em setores importantes como supervisão escolar e coordenação pedagógica com a exigência de critérios ultrapassados para a ocupação destes cargos (10 anos de exercício no magistério estadual e cursos na área)
- Fechamento de bibliotecas